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Ergonomia é o campo de conhecimentos que baseado na ciência, busca
adequação dos equipamentos, ambientes, organização do trabalho e as
características e limitações antropométricas, fisiológicas,
comportamentais, idade, sexo,
habilidade etc. dos seres humanos.
A ergonomia
no ambiente estuda questões como as cores, iluminação, ruídos,
umidade e temperatura. Nos equipamentos, vai desde o lápis, até o
vestuário,
o mobiliário, teclados, monitores, copiadoras e telefone. Todas são
questões
passíveis de intervenção ergonômica. Quanto à organização do trabalho,
vai desde o relacionamento entre colegas, entre as chefias e o
subordinado, até
o ritmo, os turnos, as jornadas de trabalho e as solicitações impostas.
Enfim,
a soma e a adequação destes itens é que define a questão da ergonomia".
Objetivos da Ergonomia:
- aumento da produtividade,
- melhora na Qualidade do Produto,
- melhora na Qualidade de Vida dos Trabalhadores,
- melhora nas Condições Ambientais,
- prevenir Acidentes,
- prevenir as DORTs (Doença Ósteo-Muscular Relacionada
ao Trabalho) e L.E.R.(Lesões pôr Esforços Repetitivos).
Geralmente
as cadeiras de um escritório, são as grandes culpadas dos
problemas relativos à ergonomia, mas a verdade é que os motivos podem
estar
diluídos em toda a configuração de uma estação de trabalho, como a
regulagem de altura e angulação do tampo, até a facilidade dos
movimentos
obrigatórios a cada função.
Não existe
consciência postural e é muito comum de se encontrar pessoas
sentadas incorretamente. A simples troca de mobiliário não é suficiente
para
melhorar a ergonomia dos postos de trabalho. O funcionário deve-se
conscientizar sobre a importância da postura e alternância desta
durante o
dia, mostrando que ações isoladas de nada adiantariam na vida útil do
trabalhador nem tão pouco na produtividade da empresa.
Tudo que
diz respeito a ergonomia e conforto ao trabalho está respaldado na
Portaria no. 3751, de 23 de novembro de 1990, Norma Regulamentadora No.
17
Ergonomia (www.mtb.gov.br/legi/nrs/nr17.htm).
Formas mais comuns de
D.O.R.T.:
1) Tenossinovites:
Inflamação dos tecidos sinoviais que envolvem os tendões em sua
passagem por túneis osteofibrosos, polias e locais em que a direção da
força aplicada é mudada. Esse termo pode ser aplicado aos processos
inflamatórios de qualquer etiologia, que acometam esses tecidos, com ou
sem degeneração tecidual.
2) Tenossinovites
ou tendinites dos extensores dos dedos: É a inflamação aguda ou
crônica dos tendões e bainhas dos músculos extensores dos dedos. É
caracterizada por crepitação, calor e rubor locais com dor e impotência
funcional.
3) Dedo
em gatilho: É a forma de tendinite dos finos tendões flexores que
percorrem a superfície ventral dos dedos, por compressão dos mesmos nos
sulcos ósseos por onde passam. Com a inflamação formam-se nódulos
(gânglios ou cistos gangliônicos) e estreita-se a polia do movimento,
com isso o movimento de flexão - extensão dos dedos se torna difícil e
doloroso, até que se ultrapasse o ponto de estrangulamento, quando o
movimento é concluído normalmente.
4) Tenossinovite
de De Quervain: Trata-se de uma fibrose dolorosa na bainha comum
dos tendões, é decorrente de espessamento anular do carpo no primeiro
compartimento dos extensores, por onde trafegam os dois tendões:
abdutor longo do polegar e extensor curto do polegar. Esses dois
tendões tem uma característica anatômica importante, ocorrem dentro da
mesma bainha sinovial, quando friccionados, evolui com processo
inflamatório local que, com o tempo atinge tecido sinoviais
peritendinosos e tecidos próprios dos tendões. Paciente sente dor
localizada ao nível da apófise estilóide do rádio, acompanhado de
impotência funcional do polegar e crepitação nos movimentos do polegar.
A nível ocupacional se deve a manutenção, no trabalho, de um desvio
ulnar do carpo, juntamente com a necessidade de se fazer força.
5) Contratura
de Dupuytren: Fascite palmar fibrosante que, com a evolução, forma
verdadeiros cordões palmaresem direção aos dedos, impedindo a extensão
normal dos dedos acometidos. É freqüentemente observada nos dedos dos
trabalhadores braçais, sujeitos à microtraumas ou vibração constante.
6) Tendinite
do supra-espinhoso e bicipital: As tendinites dos bainhas dos
músculos rotadores, principalmente, do tendão supra-espinhoso e do
tendão bicipital, formam a grande maioria das incapacidades dos tecidos
moles em torno da articulação do ombro e são fatores importantes
etiologicamente na rotura desse tendão.
7) Epicondilites:
Trata-se da rotura ou estiramento dos pontos de inserção dos músculos
flexores e extensores do carpo no cotovelo. Quando acomete o ponto de
origem dos flexores temos e epicondilite medial, e quando acomete a
origem do extensor radial do carpo, temos a epicondilite lateral. Na
epicondilite medial pode haver comprometimento do nervo ulnar. Em ambos
os casos os acometimento é devido à proximidade dos nervos ao
epicôndilo.
8) Síndrome
do túnel do carpo: É uma forma bastante comum de LER, decorrente da
compressão do nervo mediano, pelo ligamento anular que se encontra
muito espessado e enrijecido por fascite deste ligamento. O nervo
mediano é responsável pela movimentação do polegar, além de promover
sensações do I, II e III dedos. O uso excessivo das estruturas do punho
e dedos leva à uma inflamação e edema, resultando na compressão do
nervo mediano.
9) Síndrome
do desfiladeiro torácico: É a compressão do plexo braquial (nervos
e vasos), em sua passagem pelo desfiladeiro torácico onde há um
estreitamento gerando microtraumas, decorrentes de vícios de postura,
fatores ocupacionais e elevação do membro superior à mais ou menos 180
graus.
10) Síndrome
da tensão no pescoço (mialgia tensional): É de etiologia
controvertida, porém sabe-se que fadiga muscular localizada,
posturaestática e sistema de contração leva a um suprimento ineficiente
de oxigênio favorecendo o metabolismo anaeróbico com conseqüente
formação de ácido lático. Os sintomas são dores no pescoço e ombro, com
rigidez muscular, cefaléia, fraqueza muscular e parestesias, com
limitação de movimento, lordose e ombro caído.
11) Cervicobraquialgia:
São quadros que além da dor cervical ocorre irradiação da dor para o
membro superior, devido à compressão do feixe neuromuscular ao
atravessar os músculos do pescoço edemaciados.
12) Cistos
sinoviais: São decorrentes de degeneração do tecido sinovial,
podendo aparecer em articulações, tendões, polias e ligamentos. São
tumorações sísticas, únicas ou múltiplas, geralmente indolores,
freqüentemente localizadas no dorso do punho.
13) Bursites:
A localização mais importante é no ombro, sendo encontrada também em
outras regiões. São decorrentes de um processo inflamatório que acomete
as bursas, pequenas bolsas de paredes finas, constituídas de fibras
colágenas e revestidas de membrana de membrana sinovial, encontradas em
regiões onde os tecidos são submetidos à fricção, geralmente próximas a
inserções tendinosas e articulações.
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